O ministro do Interior israelense, Eli
Yishai, afirmou nesta quinta-feira que seu país deve retomar o controle
do túmulo do patriarca bíblico José, no distrito cisjordaniano de
Nablus, onde na quarta-feira à noite 1,5 mil devotos judeus se
concentraram para orar.
"O túmulo pertence a nós, devemos
recuperar nossa presença plena no túmulo de José. A atual situação é uma
clara violação aos acordos de Oslo e devemos corrigi-la", manifestou
Yishai no santuário, de acordo com a imprensa local.
Sua visita, assim como a de mais de 1
mil fiéis judeus, foi coordenada entre o exército e a polícia de Israel
com as forças de segurança palestinas.
Sob a jurisdição da Autoridade Nacional
Palestina (ANP) após a assinatura dos Acordos de Oslo (1993), o
santuário esteve nos anos seguintes sob controle do exército israelense,
que proibia o acesso de muçulmanos, que consideram o lugar sagrado.
Depois da Segunda Intifada em 2000, ele
passou a ser palco de enfrentamentos entre manifestantes palestinos e
forças israelenses, passando ao controle da ANP.
Nos últimos anos, o exército israelense
autorizou visitas organizadas de grupos, geralmente ultra-ortodoxos
judeus durante a noite, embora inúmeros devotos de correntes sem
coordenação prévia.
A polícia deteve 13 israelenses na noite
passada que entraram em Nablus de forma ilegal, incluindo três com
acesso expressamente proibido. Um palestino que jogou pedras contra um
reservista do exército israelense também foi detido, informou o site
Ynet.
Yishai, líder do partido Shas,
manifestou que a visita ao local era importante e defendeu que "a
resposta à Autoridade Palestina é atuar conforme as nossas crenças".
Ao deixar o local, o ministro se referiu
à questão da construção nas colônias judias: "as permissões de
construção são a resposta correta às inúmeras violações aos acordos pela
Autoridade Palestina, mas isso não é suficiente".
Em abril, um jovem israelense de 24 anos
morreu baleado por oficiais palestinos no local. Ele visitou a região
sem combinar previamente a viagem, em um ano em que foram registrados
diversos confrontos entre fiéis judeus, palestinos e forças do exército
israelense.
Fonte: Terra
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