As igrejas que se enriquecem explorando
os pobres com a cobrança de dízimo exagerado representam um desrespeito
ao artigo 19 da Constituição, que determina a laicidade do Estado.
A afirmação é do juiz federal Rodrigo Zacharias.
Em artigo para o jornal Comércio de
Jahu, da cidade de Jaú (SP), onde tem jurisdição, Zacharias acusou o
poder público de ser conivente com a “usurpação do Estado laico pela
religião”.
No caso do dízimo, ele não especificou
nenhuma igreja, mas são as evangélicas pentecostais que mais têm se
aproveitado da crença dos mais pobres para acumular fortunas para seus
líderes, sem que as autoridades nada façam, incluindo as do Ministério
Público.
No entendimento do juiz, a imunidade dessas igrejas perante ao poder estabelecido é “injustificável”.
Zacharias também escreveu que o governo
federal passou por cima da Constituição ao assinar em 2008 um acordo com
o Vaticano que concede privilégios à Igreja Católica. .
Para ele, no Brasil não há, a rigor,
separação entre Estado e religião, como demonstram o ensino da religião
católica nas escolas públicas e a presença de símbolos religiosos em
prédios públicos, incluindo o do STF (Supremo Tribunal Federal).
Ainda como exemplo de descaso para com o
Estado laico, o juiz, que é ateu, apontou a nomeação de ministros que
defendem interesses de igrejas e a existência de “tantos feriados
cristãos, como Sexta-feira Santa, dia de Nossa Senhora de Aparecida e
Corpus Christi”.
Zacharias dedicou a primeira parte de
seu artigo de cerca de 700 palavras a explicar a diferença entre ateus e
crentes e o relacionamento deles com o Estado.
Fonte: Paulopes
Meu Deus! O Senhor Deus é tremendo! Quando ninguém diz nada, Deus usa até mesmo um ateu para se fazer ouvir. Bem, nada há demais nisso, pois Deus já usou até mesmo uma jumenta! Mas o fato é que a Voz de Deus se fará ouvir, de uma maneira ou de outra. Os dízimos são bíblicos e não apoio o juiz, embora saibamos dos abusos, mas gostei mesmo de seu posicionamento quanto o que ocorre no Brasil. Até parece que o Brasil é 100 por cento católico!.
ResponderExcluir